sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O Policial


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Autor desconhecido


Há gente que ainda não sabe
O que a Polícia significa
Por maldade a crítica
Sem conhecer a verdade

E nesta oportunidade
Parafraseando os doutores
A Polícia meus senhores
É o exército da sociedade

Para proteger vos dar sossego
Lutamos de fronte erguida
Arriscamos nossa vidas
Para proteger as vossas

E gente ainda faz troças
Quando somos pisoteados
Dão razões aos renegados
As razões que eram nossas

Essa gente erra senhores
Quando não erram se enganam
Pois errar é coisa humana
Quando o engano não vem

Se o policial errar também
Há sempre alguém que o entrega
E finge que não enxerga
Quando ele pratica o bem

Somos aquele alvo humano
Das armas dos delinqüentes
Estamos sempre presentes
Nos combates contra o mal

Somos a guarda social
Desta batalha renhida
Arriscar à própria vida
É o lema do Policial

O Policial que é casado
Não vive para a família
Sem poder ao filho ou a filha
Dar um pouco de carícias

Do lar não colhe delícias
Porque na cidade ou no morro
Há sempre um grito de socorro
Chamando pela Polícia

Quando sai em diligência
Despede-se dos filhos seus
Vai com Deus, papai, vai com Deus
Lhe diz o filho querido

Depois então tem se lido
Em manchete de jornal
Foi morto um policial
Ao prender um foragido

Tristonho o filho pergunta
A sua mãezinha que chora
Por que meu papai demora?
Estou com saudades demais

Quero expandir os meus dias
Com forte beijo em sua testa
Para depois cantar em festa
A linda canção dos pais

Sim, meu filho adorado
Hoje é o Dia dos Pais
Mas o teu não volta mais
Você tem que compreender

É triste mas vou dizer
O teu Pai minha flor querida
Ontem perdeu a vida
No cumprimento do dever

E o filho nada entende
Do que a mãezinha lhe diz
Continua bem feliz
Esperando o amado pai

O sol desmaia, a noite cai
Venta muito, é mês de outono
E o pequeno sente o sono
E o bercinho lhe atrai

Noutro dia de manhã
Faz perguntas sem receio
Mamãe, papai já veio
Mas de repente se cala.

Esmorece perde a fala
Ao ver o pai do coração
De mãos postas no caixão
Sobre a mesinha da sala

Neste momento compreende
Ao ver a sala tão triste
Seu peitinho não resiste
Dos olhinhos rola o pranto

Pois o pai que o queria tanto,
Lhe deixou na solidão
Foi cumprir outra missão
Com destino ao Campo Santo

E o pequenino fica tristonho
Com os olhos razos d'água
Fica enxugando sua mágoa
Que um delinqüente causou

A herança que lhe restou
Foi uma placa com a gravura
"Honra ao mérito por bravura"
Que o próprio tempo gravou

E hoje com sua mãe
Nos dedinhos vai contando
Os anos que vão passando
E o tempo que o pai morreu

Do mesmo não esqueceu
Conta dez, conta onze
E aquela placa de bronze,
Nunca um abraço lhe deu

Vejamos a outra face
Em que meu nome figura,
É sem placa sem gravura
Não tombei porque Deus não quis

Senhores aquilo que fiz
Foi sem rancor e sem maldade
Para dar paz a sociedade
Eu tive um golpe infeliz

Numa noite negra fria
Chovia torrencialmente
Fui chamando de repente
Para atender a ocorrência

Deixei com paz a paciência
O mundo alto que dormia
Quando o baixo se divertia
Nos vapores da violência

Procurando manter a ordem
Fui em busca de um delinqüente
Que furioso violentamente
Quis roubar a vida minha

Mas, a sua sorte foi mesquinha
Não completou o arramate
E eu para não ficar no combate
Usei dos meios que tinha

Vejam meus senhores
A situação que fiquei
Contra a vontade matei
Para salvar a minha vida

E desta luta renhida
Recebi como troféu
Tormento num banco de réu
Julgado por homicida

Mas diante de sete homens
Foi revivido meu drama
E Deus Pai Divino que ama
Iluminou mente por mente

E perante o povo presente
Guiou o desfecho final
E num silêncio total,
Ouve-se o magistrado:
"Declaro o réu inocente"

Sendo assim eu peço à Deus
Que apague o que aconteceu
E faça mais do que eu
Um policial de retorno

Que diga ele de novo
À grande massa social
Que o braço do Policial
É a segurança do povo.
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