terça-feira, 31 de março de 2009

Há 45 anos, o início dos anos de chumbo


A foto "emprestei" do Flávio

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segunda-feira, 30 de março de 2009

ALUCINAÇÕES E DELÍRIOS NA ESQUIZOFRENIA

http://www.psiqweb.med.br
A Esquizofrenia é uma doença da Personalidade total que afeta a zona central do eu e altera toda estrutura vivencial. Culturalmente o esquizofrênico representa o estereotipo do "louco", um indivíduo que produz grande estranheza social devido ao seu desprezo para com a realidade reconhecida. Agindo como alguém que rompeu as amarras da concordância cultural, o esquizofrênico menospresa a razão e perde a liberdade de escapar às suas fantasias.

Segundo Kaplan, aproximadamente 1% da população é acometido pela doença, geralmente iniciada antes dos 25 anos e sem predileção por qualquer camada sócio-cultural. O diagnóstico baseia-se exclusivamente na história psiquiátrica e no exame do estado mental. É extremamente raro o aparecimento de esquizofrenia antes dos 10 ou depois dos 50 anos de idade e parece não haver nenhuma diferença na prevalência entre homens e mulheres.

Esquirol (1772-1840) considerava a loucura como sendo a somatória de dois elementos: uma causa 
predisponente, atrelada à personalidade, e uma causa excitante, fornecida pelo ambiente. Hoje em dia, depois de muitos anos de reflexão e pesquisas, a psiquiatria moderna reafirma a mesma coisa com palavras atualizadas. O principal modelo para a integração dos fatores etiológicos da esquizofrenia é o modelo estresse-diátese, o qual supõe o indivíduo possuidor de uma vulnerabilidade específica colocada sob a influência de fatores ambientais estressantes (causa excitante). Em determinadas circunstâncias o binômio diátese-estresse proporcionaria condições para o desenvolvimento da esquizofrenia. Até que um fator etiológico para a doença seja identificado, este modelo parece satisfazer as teorias mais aceitas sobre o assunto.

Alguns sintomas, embora não sejam específicos da Esquizofrenia, são de grande valor para o diagnóstico. Seriam:
1- audição dos próprios pensamentos (sob a forma de vozes)
2- alucinações auditivas que comentam o comportamento do paciente
3- alucinações somáticas
4- sensação de ter os próprios pensamentos controlados
5- irradiação destes pensamentos
6- sensação de ter as ações controladas e influenciadas por alguma coisa do exterior.
7- dar significado especial a algum evento corriqueiro (PERCEPÇÂO DELIRANTE)
Tentando agrupar a sintomatologia da esquizofrenia para sintetizar os principais tratadistas, teremos destacados três atributos da atividade psíquica: comportamento, afetividade e pensamento. Os Delírios surgem como alterações do conteúdo do pensamento esquizofrênico e as alucinações como pertencentes à sensopercepção. Ambos acabam sendo causa e/ou conseqüência das alterações nas 3 áreas acometidas pela doença (comportamento, afetividade e pensamento).

Delírios
Os Delírios na Esquizofrenia podem sugerir uma interpretação falsa da realidade percebida. É o caso por exemplo, do paciente que sente algo sendo tramado contra ele pelo fato de ver duas pessoas simplesmente conversando. Trata-se, neste caso, de uma Percepção Delirante. Desta forma, a Percepção Delirante necessita de algum estímulo para ser delirantemente interpretado (no caso, duas pessoas conversando). Outras vezes não há necessidade de nenhum estímulo à ser interpretado, como por exemplo, julgar-se deus. Neste caso trata-se de uma Ocorrência Delirante. O tipo de Delírio mais freqüentemente encontrado na Esquizofrenia é do tipo Paranóide ou de Referência, ou seja, com temática de perseguição ou prejuízo no primeiro caso e de que todos se referem ao paciente (rádios, vizinhos, televisão, etc) no segundo caso.

Na Esquizofrenia os Delírios surgem paulatinamente, sendo percebidos aos poucos pelas pessoas íntimas aos pacientes. Em relação ao Delírio de Referência, inicialmente os familiares começam à perceber uma certa aversão à televisão, aos vizinhos, etc.

Alucinações
As Alucinações mais comuns na Esquizofrenia são do tipo auditivas, em primeiro lugar e visuais em seguida. Conforme diz Schneider, "de valor diagnóstico extraordinário para o diagnóstico de uma Esquizofrenia são determinadas formas de ouvir vozes: ouvir os próprios pensamentos (pensar alto), vozes na forma de fala e respostas e vozes que acompanham com observações a ação do doente". Esta Sonorização do Pensamento, juntamente com alguns outros sintomas que envolvem alucinações auditivas e sensações de ter os próprios pensamentos influenciados por elementos externos, compõem a sintomatologia que Schneider considerou como sendo de Primeira Ordem.

Um esquizofrênico pode estar ouvindo sua própria voz, dia e noite, sob a forma de comentários e antecipações daquilo que ele faz ou pretende fazer , como por exemplo: "ele vai comer" ou ainda, "o que ele está fazendo agora ? Está trocando de roupas". Outro sintoma importante no diagnóstico da esquizofrenia é a sensação de que o pensamento está sendo irradiado para o exterior ou mesmo sendo subtraído ou "chupado" por algo do exterior: Subtração e Irradiação do pensamento, também considerados de Primeira Ordem. Igualmente podemos encontrar a sensação de que os atos estão sendo controlados por forças ou influências exteriores.
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Cara de panqueca





Cem milhões de dólares





domingo, 29 de março de 2009

Advogados pedem liberdade para idosa presa por tráfico




Só para complementar, o habeas corpus em favor de dona Yolanda acabou sendo concedido após várias tentativas.

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Um brinde à equidade



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Advogados pedem liberdade para idosa presa por tráfico

do CONSULTOR JURIDICO


POR ALINE PINHEIRO
“Iolanda Figueiral é ex-bóia-fria, paciente terminal de câncer e está jogada sobre uma cama numa penitenciária de São Paulo”. São essas palavras que os advogados de Iolanda, acusada de tráfico de drogas, usam para definir a situação em que se encontra a idosa, que tem 79 anos e se diz inocente. Ela foi condenada, nesta segunda-feira (5/12), a quatro anos de prisão em regime fechado pela Justiça paulista de primeira instância.
Outras tantas palavras dramáticas fazem parte do pedido de Habeas Corpus entregue ao Superior Tribunal de Justiça em favor de Iolanda, que está presa desde agosto desse ano. Ela foi pega em flagrante, junto com o filho, portando 16,2 gramas de crack. Hoje, está recolhida no Pavilhão de Saúde da Penitenciária Feminina da Capital de São Paulo.
Outros pedidos de Habeas Corpus já foram negados em primeira e segunda instância, embora o Ministério Público tenha se posicionado a favor da liberdade provisória da idosa. A defesa, agora, aposta nos “sentimentos humanitários” dos ministros do STJ.
O tráfico de drogas faz parte do rol de crimes hediondos, estabelecidos pela Lei 8.072/90. Pela norma, acusados de crimes hediondos não têm direito à progressão de pena nem de aguardar o julgamento em liberdade. A lei, no entanto, já possui diversos inimigos. A própria Justiça tem concedido decisões contra a legislação.
Na semana passada, por exemplo, o Plenário do Supremo Tribunal Federal concedeu liberdade provisória para uma mulher de 68 anos, condenada por tráfico de drogas. Ela aguardará em liberdade o julgamento do mérito do recurso em que pede a substituição da pena de três anos de prisão para uma pena restritiva de direitos.
Juridicamente, é em decisões como essa que os advogados de Iolanda pedem a concessão de Habeas Corpus para que ela possa aguardar o julgamento em liberdade ou que, pelo menos, tenha direito à prisão domiciliar antecipada, já que ainda não foi condenada. O pedido de Habeas Corpus é assinado pelo advogado de Iolanda, Rodolpho Pettená Filho, pelo presidente da seccional paulista da OAB, Luiz Flávio Borges D'Urso, e pelos conselheiros Fábio Romeu Canton Filho e Mário de Oliveira Filho. Ela é ré primária e tem residência fixa.
O pedido, no entanto, apela para o estado de saúde de Iolanda como argumento para que seja concedido o HC. Segundo a defesa, ela está em estado terminal e tem o direito de morrer em casa, entre os seus parentes e amigos.


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Receita de Pizza de Presunto e Mussarela





Rendimento: 4 a 6 porções
Tem coisa mais prática que montar uma pizza para um lanche saboroso e divertido? Esta receita básica vai te ajudar nesta missão.

Ingredientes

1 unidade(s) de massa para pizza
2 colher(es) (sopa) de molho de tomate
200 gr de mussarela ralada(s) grossa(s)
200 gr de presunto sem capa de gordura ralado
1 unidade(s) de tomate fatiado(s)
2 colher(es) (sopa) de queijo ralado
1 colher(es) (chá) de orégano
6 unidade(s) de azeitona verde para decorar

Modo de preparo
1º passo - Começando a receita: pegue uma assadeira coloque o disco de pizza.

2º Passo - A cobertura: cubra a pizza com o molho de tomate e coloque sobre o molho, o presunto, a mussarela, fatias de tomate, azeitonas, orégano e queijo ralado.

3º Passo - finalizando a tarefa: leve a pizza ao forno por alguns minutos para o queijo derreter levemente. Sirva em seguida.



Mulheres bonitas preferem homens feios

O Daily Mail repercutiu ontem uma pesquisa que afirma que as mulheres bonitas ficam mais satisfeitas quando estão se relacionando com homens feios.

Hoje a BBC também noticiou essa pesquisa, que foi conduzida por uma equipe de psicólogos da Universidade do Tennessee e analisou como a diferença entre o nível de atratividade dos parceiros se relaciona com a satisfação de um casal.

Segundo o professor James McNulty, que coordenou o estudo, em entrevista ao Daily Mail, os homens mais bonitos que suas parceiras demonstraram tendência a oferecer menos apoio emocional e prático às suas mulheres.

Talvez essa seja a prova científica para o batido ditado “quem ama o feio, bonito lhe parece”?! 

Homem feio Mulher bonita


Texto e foto do site Notícias Bizarras

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sábado, 28 de março de 2009

Comeram bronha e sumiu a fronha do batman. O caso acabou em boletim de ocorrência

O sumiço de uma velha fronha de travesseiro, pertencente a hóspede de hotel localizado na Rua Barão de Campinas, centro de Limeira poderia ser algo que poderia resultar em aborrecimento. Mas a situação acabou se transformando em caso de polícia, por conta do extremo apego da vítima ao objeto em questão.

Ao registrar queixa no plantão policial na noite de anteontem, o instrumentista L.S.O., 26 anos, morador de Araraquara relatou os motivos pelo qual não consegue ficar sem a  fronha que tinha levado de sua casa, e que desapareceu misteriosamente do quarto do hotel onde está hospedado há 15 dias.

Ele relatou que desde criança possui a tal fronha, que tem o desenho do personagem de HQ Batman. Com o sumiço da peça de cama, não tem conseguido descansar, ou mesmo dormir. Ele percebeu o sumiço ao chegar ao quarto que divide com outros dois colegas de trabalho, às 18h30 do dia anterior.

Inconformado com o ocorrido, ele questionou os funcionários e gerente do hotel, sem que alguém desse conta do objeto. O instrumentista, que presta serviço para uma empresa de automação de Sertãozinho/SP destacou que o fato de não conseguir dormir vem afetando significativamente suas tarefas no trabalho.

O rapaz relata que após o alarde pela procura do tão querido objeto, funcionários e camareiras o procuraram pelas dependências (lavanderia, copa, outros apartamentos), sem nada encontrarem. Ele disse só ter registrado o BO por causa dos "grandes transtornos" que a situação vem lhe causando.

Sem nada mais poder fazer a respeito, o delegado Paulo Hadich, de serviço no plantão policial, confeccionou RDO de furto, que ontem mesmo seria encaminhado ao 1º DP. Porém, uma notícia, apurada ontem à tarde pela Gazeta, prometia o fim da insônia de L.: sua fronha havia sido encontrada no hotel.


- Coluna Notícias Policiais com Assis Cavalcante - Gazeta de Limeira -


 

Dentro da Daslu: desconforto velado




por Sarah Lee, redação ONNE


Clima no templo do luxo é de aparente normalidade no dia em que empresária Eliana Tranchesi foi condenada a 94 anos de prisão


“Desconforto velado” é o melhor termo para descrever o clima da Villa Daslu na tarde em que Eliana Tranchesi, dona do templo do luxo, foi presa e sentenciada a 94,5 anos de prisão.


À primeira vista, o elegante espaço de três andares recheados de grifes internacionais funcionava normalmente. O estacionamento em frente ao prédio estava com as cerca de 15 vagas ocupadas por carros importados, enquanto no interior, as clientes pareciam bem à vontade, dando risada e carregando sapatos Brian Atwood e calças Dolce & Gabbana, atendidas pelas simpáticas e atenciosas dasluzetes.

Qualquer insinuação sobre o acontecimento do dia, porém, era suficiente para causar um clima de desconforto. A reportagem do ONNE, não-identificada como equipe de jornalismo, conversou com três atendentes, uma copeira e um recepcionista, perguntando sobre o por que do pouco movimento do dia. As respostas eram monossilábicas, de “sim” e “não”, e as expressões de nervosismo eram claramente perceptíveis.

A única menção ao nome de Eliana Tranchesi foi por parte do taxista que atendeu a reportagem do ONNE no fim do “passeio” pelos três andares da Villa Daslu. Questionado se teria percebido a baixa movimentação do dia, ele afirmou que o movimento na garagem subterrânea do espaço parecia normal, mas que talvez tivesse sido prejudicado “por causa da mulher que foi presa”.

Entenda o caso

Eliana Tranchesi foi presa e condenada a 94,5 anos de prisão sob a acusação de formação de quadrilha, falsidade ideológica e descaminho (fraude em importações).


Irmão de Tranchesi e ex-diretor da empresa, Antonio Carlos Piva de Albuquerque recebeu a mesma sentença de 94,5 anos. Outros cinco nomes acusados de envolvimento no caso tiveram o pedido de prisão expedido.


Em nota publicada por volta das 14h e mais tarde retirado do site da Daslu, a diretora Donata Meirelles escreveu: “A Daslu está profundamente triste pela condenação de Eliana Tranchesi e considera o seu pedido de prisão uma medida excessiva e injusta, pois Eliana vem colaborando com as autoridades e cumprindo rigorosamente as suas determinações.


Todos na empresa estão unidos em seu apoio e empenhados em dar continuidade ao seu trabalho, que criou no Brasil um empreendimento de sucesso reconhecido internacionalmente. Seu espírito e seu talento fazem imensa falta a Daslu, mas, enquanto aguardamos o seu retorno, as atividades da empresa continuarão normalmente.”


Em meio a um tratamento de câncer pulmonar, Eliana Tranchesi deve usar o laudo médico que relata o estágio avançado da doença para tentar a sua soltura imediata.

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Mas ela já saiu da cadeia.
E escreveu uma cartinha comovente...
Até fiquei emocionado com a indignação da moça que não sabe o porque de ter sido presa.
Não representava perigo nenhum, a coitadinha!
Talvez ela nunca vá entender como uma pessoa rica foi parar na cadeia, assim como não entendeu que praticava crime, pois mesmo após a denúncia pelo MP continuou com as mesmas atividades ilícitas.
Enfim.... coitadinha da moça.
Tão riquinha e passando por essas agruras....
Será que ela fuma....
O Ministério da Saúde até que poderia usar uma imagem dela para colocar nos maços de cigarros.

" O ministério da Saúde adverte: fumar causa câncer de pulmão. Até em ricaços"






Problemas no governo Serra derrubam 2 secretários em 10 dias

http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=53293


27 DE MARÇO DE 2009 - 17h08


O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), viu-se constrangido nesta sexta-feira (27) a trocar o comando de mais uma importante secretaria de seu governo. Dez dias após a demissão do secretário de Segurança, Ronaldo Marzagão, agora é a vez da secretária de Educação, Maria Helena Guimarães, deixar o posto. Ambos alegaram “motivos pessoais” para a demissão, mas não é segredo para ninguém que as duas secretarias vinham enfrentando uma série de problemas que, ao lado de outras mazelas do governo Serra, estavam dinamitando a imagem de “bom administrador” que o tucano tentava vender para a opinião pública com vistas às eleições de 2010.



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POLICIAIS SEM VOCAÇÃO



Mais da metade dos funcionários da PF, incluindo agentes e delegados, não teria dúvidas na hora de deixar a instituição para ocupar outro cargo público. Somente 24% dos servidores estão satisfeitos.


  Uma pesquisa realizada entre os funcionários da Polícia Federal (PF), concluída em dezembro, revelou um risco para a sociedade: o desinteresse desses servidores pela profissão. Feita pela rede interna de computadores da instituição e sem a identificação do pesquisado ou de sua função, a enquete obtida com exclusividade pelo Correio mostra que 57,8% dos delegados, peritos, papiloscopistas, escrivães, agentes e pessoal administrativo pretendem deixar a carreira na primeira oportunidade. A amostra atingiu mais de 3,7 mil pessoas e constatou que a grande massa — 52,95% — aguarda ansiosa para fazer concurso em outra área da carreira pública. Além disso, 4,86% dos funcionários sonham com uma chance melhor até no setor privado.Mesmo classificado no topo da lista de cargos estatais, com bons salários, estabilidade no emprego e prestígio por serem considerados carreira imprescindível ao funcionamento do Estado, o ofício de policial federal não encanta mais. Pouco mais da metade dos 14,4 mil servidores da PF almeja uma nova profissão, de preferência bem longe das delegacias. Somente 24,14% dos pesquisados estão inteiramente satisfeitos com a carreira e pretendem continuar nela até a aposentadoria. Outros 18% permaneceriam na policia, só que em cargo distinto (veja tabela). “A questão é a vocação. A pesquisa mostra que há pessoas em trânsito na Polícia, se preparando para fazer concursos para juiz ou promotor. Elas têm um outro sonho, mas ficam aproveitando o bom salário”, admite o diretor geral da PF.                             
                    De 2004 até o fim do ano passado, a polícia realizou dois concursos para agentes, um nacional e outro regional. Nesse período treinou na Academia Nacional de Polícia 1.866 pessoas. Desse grupo, 471 pediram exoneração nos últimos quatro anos, deixando abertas 25,2% das vagas que deveriam estar inteiramente ocupadas. Fenômeno parecido aconteceu com os escrivães, só que em proporção muito maior. Nos últimos quatro anos a PF abriu 705 vagas para a função, mas 411 profissionais dessa área desistiram da profissão logo depois do curso e de trabalhar pouco tempo. Representaram 58,2 % de desistência.
É um exército de servidores treinado em uma das melhores escolas de polícia da América Latina que troca a PF por outra função pública ou pelo setor privado. “A PF evoluiu em termos de salário, é uma instituição respeitável e tem um trabalho gratificante, mas também atraiu o profissional de concurso em razão do elevado nível de escolaridade exigido nos exames. Não posso ter 50% em trânsito na Policia, o cidadão não merece isso”, reconhece o diretor geral, Luiz Fernando Corrêa.




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sexta-feira, 27 de março de 2009

Teve contrabando na Daslu? Eu não sabia !


Por Altamiro Borges* 

 

Em 12 DE OUTUBRO DE 2006 - 14h57

Talvez por sua formação puritana no Opus Dei, o candidato Geraldo Alckmin gosta de se fingir de casto e imaculado. No debate da TV Bandeirantes, ele fez questão de se mostrar "indignado" com a corrupção e criticou o fato de o presidente Lula repetir que "não sabia" dos desvios de conduta no seu governo. "É só perguntar aos seus amigos de 30 anos", alfinetou o falso moralista num momento de cólera bem ensaiado.

 

Mas, para ser conseqüente e manter as aparências, Alckmin deveria ter se desculpado em público por ter cortado a fita de inauguração da Daslu, templo de consumo dos ricaços, hoje processada por contrabando, sonegação fiscal e outras crimes. "Eu não sabia", deveria ter tido. Também poderia pedir desculpas por sua filha, Sophia Alckmin, ter sido gerente de compras nesta loja de contrabandistas. "Eu não sabia". E ainda deveria explicar porque os diretores da Daslu, sempre acompanhados de sua filha, reuniram-se com o secretário da Fazenda do seu governo, Eduardo Guardia. "Eu não sabia".  Entre uma pregação do Opus Dei e sua agenda de governador, talvez não tenha tido tempo para acompanhar os negócios de sua filha!

 

Alckmin chegou de helicóptero

A nova loja da Daslu, um prédio de quatro andares e 20 mil metros quadrados, situada num bairro nobre da capital, foi inaugurada em junho de 2005. A colunista Mônica Bérgamo, do jornal Folha de S.Paulo, descreveu a festança dos ricaços com ares de ironia. "E soam os violinos da Daslu Orchestra, formada por 50 músicos. São 12 horas de sábado. Alckmin, que chegou ao prédio de helicóptero, desfaz a fita. 'A Daslu é o traço de união entre o bom gosto e muitas oportunidades de trabalho', diz. Só para a família Alckmin são duas: trabalham lá a filha [diretora de novos negócios da butique] e a cunhada dele, Vera".

 

Ainda segundo a picante crônica de Mônica Bérgamo, "Sophia puxa o pai pelo braço: começa o tour pela Daslu. Primeiro piso, importados femininos. Alckmin entra na Chanel, onde um smoking de veludo preto é vendido a R$ 22.600, uma sandália de cetim, gurgurão e pérolas sai por R$ 2.900 e uma bolsa multipocket, por R$ 14.000. As vendedoras informam que há mais de 50 pessoas na fila em São Paulo para comprar o mimo, até baratinho se comparado à bolsa Dior de couro de crocodilo, de R$ 39.980, e à mais cara Louis Vuitton, com pele de mink: R$ 23 mil".

 

"Vou colocar um jeans"

"Sophia leva o pai até o segundo pavimento. Mostra um helicóptero pendurado no teto. 'Que lindas as motos, Sô', diz Lu Alckmin à filha ao ver, encostada perto da escada, uma moto Harley Davidson (R$ 195 mil). Alckmin entra na Ermenegildo Zegna, passa pela Ralph Lauren, onde uma camiseta pode custar R$ 2.460. 'É tudo muito colorido aqui', observa. Os carros chamam a atenção do governador. Estão em exibição um Volvo de R$ 365 mil, lanchas de R$ 7 milhões, TVs de plasma de R$ 300 mil".

 

"O governador começa a fazer o caminho de volta. Os repórteres perguntam a Lu Alckmin: A senhora está de bolsa Chanel. E a blusa? 'É Burberry', responde Lu. 'Gosto de peças clássicas'. O governador, que diz comprar só 'umas camisas' na Daslu, aperta o passo. Ainda vai a Carapicuíba. E Lu tem que correr para o Palácio dos Bandeirantes. Precisa se trocar, 'colocar um jeans', para outro compromisso: um evento na Água Branca em que caminhões de vários bairros entregarão agasalhos doados para as crianças pobres da cidade enfrentarem o inverno que se avizinha", conclui, sarcástica, Mônica Bérgamo.

 

"Uma organização criminosa"

Poucos meses depois do ex-governador cortar a fita inaugural da Daslu, um antigo processo judicial contra os donos da butique de luxo finalmente ganhou agilidade. No final de dezembro, a juíza Maria Isabel do Prado, da 2a Vara de Justiça Federal de Guarulhos (SP), recebeu os livros contábeis e fiscais da loja. Para ter acesso a estes documentos, a juíza chegou a ameaçar de prisão a dona da butique, Eliana Tranchesi, o seu irmão Antonio Carlos Piva e os responsáveis pela contabilidade do estabelecimento.

 

Tais papéis comprovaram a denúncia do Ministério Público Federal de que a Daslu atua em conluio com importadoras para substituir notas fiscais fornecidas por grifes estrangeiras por notas falsas subfaturadas. Com base nos livros fiscais e contábeis, Eliana e seu irmão foram acusados de formação de quadrilha, importação irregular e falsidade ideológica. No caso da influente proprietária, a soma de penas por estes crimes chega a 21 anos de prisão. Segundo Jefferson Dias, procurador da República, a Daslu agia como uma quadrilha. "Trata-se de uma organização criminosa pela hierarquia e a divisão de tarefas que existia".

 

Devido aos seus estreitos vínculos com figurões da elite e autoridades do governo estadual, a trambiqueira de luxo sequer tomou os cuidados que outros sonegadores costumam adotar. "A sensação de impunidade fez com que eles se descuidassem e a situação ficou descontrolada", argumenta Matheus Magnani, outro procurador envolvido na apuração. Eliana Tranchesi participava diretamente do esquema ilícito, chegando a enviar aos fornecedores estrangeiros pedido em inglês para que eles não remetessem faturas verdadeiras dos produtos. A proprietária ainda foi acusada de crime contra a ordem tributária e evasão de divisa.

 

ACM chorou e Bornhausen esbravejou

Diante destas graves acusações e da tentativa de ocultar provas, em 13 de junho de 2006, a Polícia Federal acionou a Operação Narciso e ocupou a Daslu com 250 agentes e 80 auditores fiscais. A inédita operação foi elogiada pela sociedade, mas os ricaços, a mídia e vários políticos da elite fizeram um baita escândalo. A asquerosa revista Veja chegou a afirmar que a ação da PF era uma jogada do governo Lula para abafar a crise política. O senador Jorge Bornhausen, presidente do PFL, criticou o "revanchismo". Já o coronel Antônio Carlos Magalhães, assíduo freqüentador da loja, chorou ao falar ao telefone com a contraventora detida por algumas horas. E a poderosa Federação da Indústria de São Paulo convocou um ato de repúdio.

 

O líder do PSDB, deputado Alberto Goldman, foi quem explicitou a forma de agir da burguesia. Para ele, "essa prisão pode gerar uma crise econômica. O empresário vai dizer: para que vou investir no Brasil se posso ser preso?". Ou seja: na concepção tucana, só quem pode ser preso no país é o ladrão de galinha! O empresário que sonega imposto, remete ilegalmente dinheiro ao exterior ou comete outros crimes não pode ser tocado e ainda conta com a ajuda de certos políticos - que depois serão recompensados nas suas campanhas. O escândalo da Daslu explicitou que a corrupção é regra no mundo dos negócios capitalistas.

 

Reuniões na Secretaria da Fazenda

A Operação Narciso também levantou fortes suspeitas sobre a atuação do governador Geraldo Alckmin, que havia inaugurado o mega-loja de luxo na capital paulista. Na ocasião, a mídia destacou o fato da sua filha, Sophia Alckmin, ser uma prestigiada "dasluzete", responsável pelo setor de novos negócios da loja. No rastro da ação da PF, surgiram denúncias de que esta influente funcionária já havia se reunido com o secretário da Fazenda de São Paulo, Eduardo Guardia. O governo negou e a mídia preferiu o silêncio! 

 

Mas, convocado para depor na Assembléia Legislativa, Guardia admitiu que a filha de Alckmin estivera na sede da secretaria junto com outros chefões da Daslu em, pelo menos, duas vezes no primeiro semestre de 2005. As visitas ocorreram exatamente no período em que loja solicitou autorização da Fazenda para instalar um sistema de vendas com caixa único, algo pouco usado no país e mais vulnerável à sonegação. O secretário negou qualquer "concessão de privilégios", mas gaguejou ao explicar a visita da "ilustre" filha do governador. Uma auditoria especial do Tribunal de Contas foi solicitada para averiguar o caso.

 

Para Renato Simões, deputado estadual do PT, não resta dúvida sobre os vínculos do ex-governador com a Daslu. "Os líderes da bancada governista primeiro negaram a presença da filha do Alckmin na Fazenda. O secretário, por sua vez, confirmou a ida. Isso significa que houve uma tentativa de usar o nome da filha do governador para agilizar a tramitação do processo do caixa único". A tucanagem paulista, que hoje tenta posar de vestal da ética e adora ostentar o luxo desta butique das trambicagens, deve uma explicação à sociedade. A mídia venal, que evita tratar do assunto com o destaque que ele merece, também! Já o presidenciável Geraldo Alckmin, caso seja acuado, poderá dizer: "Eu não sabia".

 


* Altamiro Borges é jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB, editor da revista Debate Sindical e autor do livro Encruzilhadas do Sindicalismo (Editora Anita Garibaldi).

 

Kit anti-vampiro - Parte II
















O que vem num desses kits? Só coisas básicas, assim como estacas de madeira, martelos, crucifixos, água benta, óleos santos, a Bíblia, armas de fogo com balas de prata, alho, etc. A caixa é de nogueira entalhada. Algumas estacas têm crucifixos de metal encravados para causar mais sofrimento aos vampiros .

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quinta-feira, 26 de março de 2009

O Estadão tenta explicar o "suposto"(!!!???) esquema de corrupção na segurança de SP

quarta-feira, 4 de março de 2009, 10:02
da Redação - estadao.com.br

SÃO PAULO - O ex-secretário adjunto da Secretaria de Segurança Pública, seu ex-sócio e estariam envolvidos em um suposto esquema que vendia cargos e sentenças favoráveis a policiais. O investigador Augusto Pena - preso na Penitenciária 2 de Tremembé - aceitou fazer delação premiada e depôs ao Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). Assumiu achaques à cúpula do Primeiro Comando da Capital e entregou esquemas de corrupção para compra de decisões em processo administrativos para absolver policiais corruptos. Assinadas por Malheiros Neto, as decisões eram tomadas em nome do secretário Ronaldo Marzagão.



Quem é quem no esquema

Lauro Malheiros Neto - o ex-secretário adjunto da Secretária de Segurança Pública teria cobrado

propina para absolver policiais acusados de corrupção em processo administrativo. Malheiros Neto nega. No cargo, ele podia assinar decisões em nome do secretário da pasta, Ronaldo Marzagão.

Celso Augusto Hentscholer Valente - ex-sócio e responsável pela manutenção do escritório de advocacia do então secretário ajunto da Segurança Pública, Lauro Malheiros Neto. Teria pressionado o investigador Pena, dentro do Presídio Especial da Polícia Civil para que o policial não fizesse a delação premiada. Valente diz que se trata de um ‘disparate total’;

Augusto Pena - investigador que denunciou - em troca de delação premiada - o esquema de venda de cargos e de sentenças de processos administrativos para reintegrar policiais corruptos ou absolvê-los. Foi preso por sequestrar o estudante Rodrigo Olivatto, enteado de Marco Camacho, o Marcola, do PCC. Foi ameaçado e transferido de prisão.


Denúncias

Venda de cargos e sentenças - em sua denúncia, Pena contou ao Gaeco que Malheiros Neto e Valente receberam R$ 300 mil de três investigadores para reintegrá-los à polícia. Em sua delação premiada, contou que três delegados pagaram de R$ 100 mil a R$ 250 mil pelos seus cargos no Decap e Detran.

Máfia dos bingos e caça-níqueis - além da venda de cargos e sentenças, foram denunciados a arrecadação de dinheiro da máfia dos bingos e caça-níqueis.

Segurança privada - Pena revelou que um delegado usava viaturas da polícia para prestar serviço de segurança privada. Disse que havia um esquema de desvio de verba de combustível das viaturas na região de Mogi das Cruzes, onde trabalhou em 2006. O esquema era simples: a polícia recebia verba para comprar gasolina, mas abastecia os carros com dinheiro fornecido pelas prefeituras. Os recursos do Estado "eram desviados". De vez em quando, diz ele, abasteciam em um posto perto da delegacia para apanhar o cupom fiscal.

Detran - por fim, Pena contou que cinco delegados e cinco investigadores estavam envolvidos na máfia das CNHs que agia na Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Ferraz de Vasconcelos. O investigador disse que levou dinheiro de propina para a cúpula do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), até mesmo parte do que havia sido mais tarde arrecadado com o achaque a Marcola.

Investigações

Corregedoria - a Corregedoria da Polícia Civil abriu três apurações preliminares e quatro inquéritos policiais sobre as denúncias de corrupção envolvendo o investigador Augusto Pena e as pessoas que ele acusa.

Guarulhos - a promotoria de Guarulhos denunciou Pena por extorsão mediante sequestro cuja vítima é Rodrigo Olivatto, enteado de Marcola. Também o acusou de achaque a um empresário acusado de ser doleiro.

São Paulo - a 4.ª Promotoria de Justiça da Capital denunciou Pena sob a acusação de ele ter furtado do depósito do Deic uma carga de Playstation apreendida.

Gaeco - o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado de São Paulo abriu investigação sobre o suposto esquema de venda de sentenças de processos administrativos para reintegrar à policia acusados de corrupção.

DVD - os Gaecos de São Paulo e Guarulhos receberam um DVD com uma hora de gravação em que um advogado investigado no caso supostamente negocia pagamento de propina.


Alvo



Sem contar que com a troca de secretário e de DG as atenções foram desviadas

quarta-feira, 25 de março de 2009

Aconteceu no Paraná. Policiais civis aposentados voltam ao trabalho


24/09/2008 | 21:52 | SIMONI SARIS - JORNAL DE LONDRINA

Policiais civis realizaram nesta quarta-feira (24) uma passeata pelas ruas centrais de Londrina, no Norte do Paraná. Eles protestaram contra a decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de convocar ao trabalho os policiais já aposentados. Cerca de 100 policiais participaram da manifestação, segundo o Sindicato dos Policiais Civis de Londrina e Região (Sindipol), que organizou o protesto.

Na região Norte do Paraná, há cerca de 100 policiais aposentados e 10 já foram chamados para retornar ao trabalho. Em todo o Estado, são 500 policiais que poderão ter a aposentadoria cancelada. “Essas pessoas não têm condições de trabalhar”, afirmou o presidente do Sindipol,Ademilson Alves Batista.

Respaldado por uma emenda constitucional, há cerca de um ano o TCE passou a convocar os policiais civis aposentados a retornarem às suas antigas funções, contrariando a decisão da Paranaprevidência, que concede as aposentadorias. O Tribunal entende que a reforma previdenciária suprimiu o direito da classe de se aposentar antes da idade mínima de 53 ou 60 anos, conforme o regime jurídico ao qual o servidor está submetido. “Queremos que o governo faça uma lei regulamentando as aposentadorias para que essa divergência acabe”, declarou Batista.

Na manifestação, os policiais reivindicaram ainda o aumento do efetivo e a elaboração de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para a categoria. Um decreto estadual tratando dessa questão chegou a ser publicado pelo governo do Estado em 2005, mas segundo o Sindipol, até hoje não entrou em vigor. Na manhã desta sexta-feira, representantes do governo e dos policiais reúnem-se em Curitiba para discutir o assunto. Sobre o aumento do efetivo, a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Segurança Pública informou que a partir de fevereiro de 2009, 900 policiais ingressarão nos quadros da Polícia Civil do Paraná.

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Lendo a materia do blog Investigador de Polícia, do amigo Flávio lembrei-me de ter visto alguma coisa sobre TCU e aposentadoria de policiais civis. É essa matéria acima. É interessante saber quais as semelhanças entre a legislação paranaense e a paulista para que não venhamos a correr o mesmo risco que eles. Quando se trata da polícia, pode apostar que sempre tem gente na contramão.