sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Carlos Marighella é homenageado 40 anos após ser assassinado pela ditadura


“Um Homem não desaparece com a sua morte. Ao contrário, pode crescer depois dela”. Foi assim que o sociólogo Florestan Fernandes relembrou os 15 anos da morte de Carlos Marighella, guerrilheiro que lutou contra a ditadura no Brasil. De fato, 40 anos após seu assassinato, o revolucionário é lembrado e homenageado. Em São Paulo, onde foi morto, exposição e teatro mostram sua importância para a história do país.

"O Amargo Santo da Purificação", espetáculo da Tribo de Atuadores "Ói Nóis Aqui Traveiz", é uma das atrações deste sábado (07), na capital paulista. O ator Pedro de Camillis relaciona a peça com o resgate de Marighella e da resistência popular para a memória dos brasileiros.

“Levar essas questões para a maior parte da população como acontece com ‘O Amargo Santo da Puriticação’ é, de certa maneira, de novo estar dando direito, devolvendo o direito da população que tem a oportunidade de começar a refletir sobre porque estamos nessa, como chegamos aqui. Isso é extremamente instigante.”

Marighella começou sua atividade política em 1934, quando entrou para o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Após ser expulso, fundou a Ação Libertadora Nacional (ALN), organização que defendia a luta armada e a guerrilha para derrubar a ditadura militar.

Em 1969, a resposta da ditadura às ações da ALN e do guerrilheiro veio por meio de uma emboscada. Marighella foi morto a tiros por agentes do Departamento de Ordem e Política Social (Dops), comandados pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury.

O Estado brasileiro reconheceu a culpa pela morte de Marighella em 1996. Na quarta-feira (04), ele foi condecorado com o título de cidadão paulistano in memoriam na Câmara Municipal dos Vereadores.

De São Paulo, da Radioagência NP, Ana Maria Amorim.

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