terça-feira, 21 de abril de 2009

25 anos da morte de Tancredo Neves

Fonte: http://www.cpdoc.fgv.br/dhbb/verbetes_htm/3807_9.asp


Na noite de 21 de abril, dia consagrado à descoberta do Brasil, ao martírio de Tiradentes e à transferência da capital para Brasília, Tancredo Neves faleceu, depois de cumprir um calvário de 34 dias. Após ser embalsamado, seu corpo foi velado por toda a madrugada na capela do Instituto do Coração, na presença de parentes e amigos. Na manhã do dia seguinte, atendendo à solicitação do senador José Fragel-li, o Congresso se reuniu extraordinariamente para anunciar a vacância do cargo e o seu preenchimento automático pelo vice-presidente José Sarney. Em pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, Sarney decretou feriado nacional e luto oficial por oito dias e garantiu que o seu programa seria o mesmo de Tancredo.

Ainda na manhã do dia 22, após a missa de corpo presente celebrada por dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo metropolitano de São Paulo, no Instituto do Coração, o esquife presidencial, sobre um carro do corpo de bombeiros e coberto pela bandeira nacional, saiu em direção ao aeroporto de Congonhas, rumo a Brasília, acompanhado por dois milhões de pessoas. No caminho, no obelisco do Parque do Ibirapue-ra, o presidente eleito recebeu homenagem oficial do governo de São Paulo, do prefeito Má-rio Covas, do comando do II Exército e demais autoridades militares. Como homengem póstuma a Tancredo, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo determinou a suspensão da greve da categoria em curso. Ao longo de todo o trajeto pendiam das janelas das casas bandeiras brasileiras com tarjas negras.

Na capital da República, após um cortejo fúnebre que durou quatro horas, seguido por imensa multidão, o corpo de Tancredo foi velado e exposto à visitação pública no palácio do Planalto, onde o arcebispo da cidade, dom José Freire Falcão, oficiou outra missa de corpo presente.

No dia 23 o corpo de Tancredo Neves chegou ao aeroporto de Pampulha, em Belo Horizonte, para receber no palácio da Liberdade as homenagens de uma multidão calculada em torno de 1,8 milhão de pessoas. As cenas registradas na capital mineira foram impressionantes. Tumultos na praça da Liberdade, provocados pela ansiedade popular em romper os cordões de isolamento, resultaram em quatro mortos e 271 feridos.

Finalmente, no dia seguinte, 24 de abril, na presença de 50 mil pessoas, incluindo cinco presidentes estrangeiros e representantes de governos de vários países, Tancredo Neves foi enterrado com honras militares no cemitério da Igreja de São Francisco, em São João del Rei, sua terra natal. Homem profundamente religioso, Tancredo era ministro vitalício-jubilado da venerável Ordem Terceira de São Francisco de Assis, na qual ingressou aos 16 anos. No cemitério discursaram o presidente José Sarney e o deputado Ulisses Guimarães. O presidente da Câmara emocionou os presentes ao afirmar: "Tancredo Neves, você foi duas vezes mais do que eleito, plebiscitado. Vivo, plebiscitado pela esperança para governar esta grande nação. Morto, plebiscitado pelas lágrimas, pelas preces, pela amargura e pelo pranto dos governantes que restaram neste grande país." O discurso de Sarney foi condensado na frase: "Seu sonho será o nosso sonho".


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Também é o dia do patrono da Polícia.  No site da SSP-Polícia Civil não há nenhuma referencia  sobre promover as comemorações do Dia da Polícia, a 21 de abril ou delas participar, exaltando o vulto de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, Patrono da Polícia.

Também não soube de nenhuma comemoração no meu Deinter.


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