sábado, 18 de julho de 2009

Sem regulação pública, Telefônica é um fracasso generalizado

ESCRITO POR RODRIGO MENDES
09-JUL-2009

Apesar de a empresa não assumir, usuários do Speedy, o serviço de internet de banda larga da gigante Telefônica, já contam quatro panes que derrubaram o sistema somente este ano. A história é antiga: desde sua chegada ao Brasil, a empresa espanhola tem estado entre as primeiras posições – e não raro tem sido a grande campeã – de reclamações em diversos órgãos de defesa do consumidor, causando cada vez mais prejuízos aos seus usuários, especialmente na cidade de São Paulo.

Com a quarta falha, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) proibiu no dia 22 de julho a Telefônica de vender novas assinaturas de seu serviço de banda larga. A empresa, para voltar a operar normalmente, terá que apresentar à Anatel um plano de investimentos de reestruturação em suas atividades.

Dentro deste contexto de sucateamento de mais um serviço público essencial, o Correio da Cidadania entrevistou o jornalista Gustavo Gindre, recentemente indicado para o Comitê Gestor da Internet no Brasil. Para ele, a ineficiência da multinacional sediada em Madri sintetiza o fracasso das privatizações no país, financiadas com dinheiro público e sem reversão de benefícios aos consumidores.

Também membro do Coletivo Intervozes, grupo que milita pela democratização do acesso à informação no país, Gindre desacredita a Anatel como órgão capaz de regular seriamente o setor, seja por falta de estrutura, seja por sua conexão aos interesses do setor privado. Como superação do atual modelo, aponta o caminho da construção de um novo marco regulatório do setor, menos privatizado e monopolista.



link para a entrevista na íntegra



============================================

Nenhum comentário: