Uma operação da PF (Polícia Federal) deflagrada na manhã desta segunda-feira resultou na prisão de seis pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha especializada de extorsão a empresários e sacoleiros em São Paulo, corrupção passiva e ameaça de sequestro. Entre os detidos estão dois policiais federais, um ex-policial civil e um ex-PM --que havia sido condenado pelo assassinato de um delegado. Durante a ação, a PF apreendeu R$ 5 milhões em cédulas falsas.
Matheus Magenta/Folha Online |
Polícia Federal apreende R$ 5 milhões em operação deflagrada nesta segunda em SP; seis foram presos e um está foragido |
Até o final da tarde de hoje, um suspeito --que deve ter a prisão preventiva decretada-- continuava foragido.
Segundo o superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Leandro Daiello Coimbra, já há dois casos confirmados de extorsão a empresários e um terceito que envolveu um ônibus de sacoleiros que vinha do Paraguai.
De acordo com a polícia, a quadrilha pedia entre R$ 5.000 e R$ 50 mil a empresários. Para extorqui-los, o grupo utilizava tanto informações sobre ações suspeitas dos empresários ou inventava acusações contra as vítimas.
Ainda segundo a polícia, um dos suspeitos se passava por delegado para ameaçar as vítimas.
De acordo com Coimbra, a quadrilha não utilizava informações dos bancos de dados das policiais Civil, Militar e Federal. A PF vai apurar, no entanto, se a quadrilha utilizava equipamentos da polícia --como coletes, distintivos, entre outros.
Além dos R$ 5 milhões em cédulas falsas, foram apreendidos R$ 13 mil com um dos policiais federais e um jet ski. Um dos suspeitos presos possuía mais de 20 anos de carreira na PF.
Todos os suspeitos continuam detidos e devem prestar depoimentos à Polícia Federal. A Operação Persistência teve início em novembro de 2008, quando uma das vítimas denunciou a ação à PF.
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Um comentário:
Eis o policial militar :-Ex-sargento da PM é condenado a 27 anos de prisão
O ex-sargento da PM, Sérgio Bueno, foi condenado a 27 anos de reclusão em regime fechado. Ele era acusado de ter feito a intermediação entre Carlos Leonel da Silva Cruz, ex-delegado federal, e Gildenor Alves de Oliveira que, por sua vez, teria contratado Gildásio Teixeira Roma e Carlos Alberto da Silva Gomes para assassinar o delegado-corregedor Alcioni Serafim de Santana, em 1998. A decisão foi do juiz federal Marco Aurélio de Mello Castriani, da 1ª Vara Criminal.
Serafim era corregedor da Polícia Federal em São Paulo e foi morto durante a investigação do crime de concussão (extorsão praticada por servidor público). Pelo crime, foram condenados, em primeira instância, Carlos Leonel da Silva Cruz e outros policiais.
O julgamento de Sérgio Bueno, que começou às 11h do dia 27 de março, terminou na madrugada desta quarta-feira (28/3), às 3h. O julgamento aconteceu no Tribunal do Júri da Justiça Federal.
Atuaram na acusação José Ricardo Meirelles, membro do Ministério Público Federal, e Carla Domenico como assistente. Na defesa, os advogados Eugênio Carlo Balliano Malavasi e Thiago Pires Pereira.
Revista Consultor Jurídico, 28 de março de 2001.
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