Em Catanduva (SP)
A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (19) pelo presidente da CPI, senador Magno Malta (PR-ES), durante a abertura da segunda sessão da audiência pública que a comissão realiza na cidade.
"Certamente, essa atitude [o erro da delegada] vai redundar na impunidade de muita gente", afirmou Malta. "A CPI fará uma representação contra a delegada e pedirá uma investigação interna sobre as atitudes dela", completou.
Ontem (18), ela admitiu ter avisado o advogado de um suspeito de pedofilia que iria realizar uma diligência na casa do seu cliente. A diligência tinha como objetivo apreender uma CPU de um computador que supostamente conteria fotos e vídeos de pedofilia. Quando a delegada chegou à casa do suspeito, entretanto, a CPU não estava mais lá.
"Reconheço que foi uma falha grande", disse ontem Rosana, em depoimento à CPI. "Foi uma precipitação, uma falta de análise racional."
O senador José Nery (PSOL-PA), outro membro da comissão, ratificou o pedido de investigação anunciado por Malta. Segundo ele, a falha de Rosana pode comprometer a punição dos culpados.
Nesta quinta-feira, Malta abriu os trabalhos e convidou uma das mães de supostas vítimas para prestar depoimento. Ainda hoje, estão previstos os depoimentos de oito suspeitos de praticar pedofilia em Catanduva.
Dois deles eram considerados foragidos até ontem, porém o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) derrubou os pedidos de prisão expedidos pela Vara da Infância e Juventude de Catanduva. Eles, entretanto, são obrigados a depor.
A audiência pública da CPI em Catanduva termina amanhã (20) com oitivas reservadas das crianças supostamente vítimas da rede de pedofilia que atua na cidade. Segundo o senador Malta, pelo menos 40 crianças sofreram abusos por integrantes do esquema.
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