Brasília, 20/03/2009 - "As mesmas regras de respeito à dignidade da pessoa humana que se aplicam aos trabalhadores brasileiros também são destinadas aos jogadores de futebol". A afirmação foi feita pelo presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, ao condenar, hoje (20), a punição nada convencional adotada pelo técnico do time de futebol do Figueirense (SC), Roberto Fernandes. Ele instituiu que o jogador que treina mal é obrigado a fazer as atividades do dia seguinte vestindo uma camisola cor de rosa sobre o uniforme.
Para o presidente nacional da OAB, a humilhação pública, mesclada com o preconceito, não pode ser entendida como uma atitude normal ou corriqueira do dia-a-dia de uma categoria profissional, ainda que seja no ambiente informal dos campos de futebol. "Além do evidente abuso moral, pode se caracterizar como crime", afirmou Britto, em relação às práticas adotadas pelo treinador do clube catarinense. "São humilhações como essa, principalmente quando se trata de futebol, que projetam o Brasil como país que não cumpre com a sua própria legislação".
A primeira vítima do constrangimento foi o meia Jairo. No treino da última quarta-feira, ele entrou em campo vestindo a camisola rosa em cima do convencional calção preto e a camisa amarela do time. A peça do vestuário feminino trazia a figura de uma boneca no peito.
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