A EVOLUÇÃO DE LONGO PRAZO PODE DIFERENCIAR DOIS SUBTIPOS DE PSICOSE DE INICIO TARDIO.
CASO B
foto da web/www.ziza.es
Voltou a apresentar sintomas produtivos um ano após a retirada do antipsicótico. Iniciou desconfiança com determinado banco quando lhe telefonaram oferecendo vantagens para abrir conta corrente, chegando a ir à agência para conferir as informações prestadas no telefonema. Acreditava ser seguida por um homem na rua, com alucinações auditivas acusatórias e delírios de referência. Nesta época, por acreditar no envolvimento de determinada emissora de televisão em sua perseguição, telefonou para a estação e disse impropérios sobre determinados artistas. Reiniciou o uso de medicação antipsicótica, com risperidona 2 mg/dia associado a lorazepam 1 mg/dia. Dois meses depois apresentou novamente remissão total dos sintomas produtivos.
No momento, seu afeto é esmaecido, com prejuízo na vontade e no pragmatismo. Mantém-se mais isolada, com atividades sociais resumidas a ir à casa da cunhada. Apresenta resistência ao uso da medicação, questionando sua indicação em todas as consultas, apesar do esclarecimento sobre sua necessidade. Mantém o uso de risperidona na mesma dosagem e de lorazepam, agora 0,5 mg/dia. Alterna seu juízo crítico de morbidade, acreditando em determinados momentos que os fatos persecutórios são reais e, em outros momentos, que tais idéias são decorrentes de sua doença.
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