Vítima de acidente de trânsito há sete anos e nove meses, a dona de casa Luciana Aparecida Mesquita Criminazzo, 36 anos, não resistiu às sequelas decorrentes do fato e debilitada por uma pneumonia, morreu na última segunda-feira. Sua trágica história é mais uma das tantas transformadas pelo trânsito, que que a cada ano faz em média 70 vítimas em Limeira.
Seu drama começou em 9 de fevereiro de 2002 na Rodovia Washington Luís, quando seu marido bateu o veículo Ômega que dirigia na traseira de um caminhão. Ele teria sido acometido por uma crise de complicações pela diabetes. Atingida na cabeça, Luciana, permaneceu por 17 dias internada em hospital de Rio Claro, até ser removida para Limeira.
Desde então, sua convalescença não teve fim. Não conseguia fazer movimentos nem falar. "Ela sorria, chorava e demonstrava outras emoções, mas não falava", disse a irmã Mariana Aparecida Marques Criminazzo, 27. Foi ela e a mãe Sônia Aparecida Mesquita Criminazzo que passaram a cuidar não apenas de Luciana, como de sua filha de 1 ano e três meses - hoje 9 anos.
A residência da família, na Boa Vista, teve que ser adaptada à nova rotina. Foram feitas alterações no banheiro e a construção de um novo quarto, para Luciana. Formada em Fisioterapia, Mariana já havia tido outra provação há um ano, quando perdeu a mãe, aos 58 anos, de câncer. Evangélica, frequentadora da Igreja Presbiteriana (de Americana), ela disse buscar força na fé em Deus.
Mariana disse ter utilizado muito bem as técnicas de fisioterapia na irmã. Ela quase teve que interromper o curso, mas a união da família, como o pai Alcides Criminazzo, 71, forneceu estrutura para que continuasse. "Perdi minha irmã pela segunda vez. A primeira foi depois do acidente", disse. O enterro de Luciana ocorreu dia 3, no Cemitério Parque de Limeira.
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