sábado, 14 de novembro de 2009

UNIBAN . AS NOTAS PODEM NÃO SER LÁ MUI|TO BOAS, NO ENTANTO .......

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Uniban revoga expulsão de aluna após críticasImprimirE-mail
Clique aqui para ouvir(1'52'' / 442 Kb) - Quando a estudante Geisy Arruda resolveu ir à Universidade Bandeirante (Uniban), na Grande São Paulo, com um vestido rosa não esperava o linchamento moral dos colegas, seguranças e até mesmo professores. O caso tomou repercussão internacional principalmente após a Uniban anunciar, no sábado (07), a expulsão da aluna agredida. Após críticas do MEC (Ministério da Educação), o reitor Heitor Pinto Filho revogou a decisão na segunda-feira (09).

A integrante da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Maria Fernanda Marcelino, diz que responsabilizar a mulher pela agressão que esta sofre evidencia o machismo na sociedade.

“Toda vez que uma mulher é agredida, a sociedade, ao invés de punir e refletir sobre os agressores, transforma a mulher em ré. Toda vez que as mulheres vão denunciar um ato de agressão, tem que responder perguntas do tipo: ‘O que você estava fazendo na rua nesta hora?’ ou ‘Por que vocês estava usando este tipo de roupa?’. É uma feição do machismo que perpetua na nossa sociedade.”

Para Maria Fernanda, a situação na Uniban mostra uma das complicações de uma sociedade que transforma a mulher em mercadoria.

“Essa sociedade que diz que as mulheres devem ser sensuais e atrativas, enfeitando o mundo com sua beleza, coloca as mulheres o tempo inteiro em uma situação de risco. É uma sociedade que coloca a sexualidade do homem como incontrolável e que, portanto, as mulheres são as responsáveis por serem ou não agredidas.”

A decisão da Uniban foi criticada por organizações de direitos humanos e estudantis. Fundada em 1994, a universidade é a quarta maior do país com cerca de 70 mil alunos. Em avaliação do MEC, a instituição tem desempenho mediano e nenhum curso com nota acima do mínimo aceitável.

De São Paulo, da Radioagência NP, Ana Maria Amorim.

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