domingo, 23 de novembro de 2008

HORTOLÂNDIA

Em 1798 foram doadas as sesmarias que eram ligadas a Campinas, para Joaquim José Teixeira Nogueira. Proprietário de engenho de cana-de-açúcar, acabou consolidando sua estabilidade econômica, agrícola e pastoril por estas terras. Escravagista, foi pioneiro na plantação de café. Na época da abolição dos escravos, Francisco Teixeira Nogueira Júnior, seu neto, distribuiu uma área considerável para os escravos. Mas a doação, feita verbalmente, acabou roubada pelo médico americano Dr. Jonas, que cobrava cinco mil Contos de Réis por uma simples consulta. As terras negociadas eram cercadas por divisas de vales e rios por espertalhões que se aproveitavam da ingenuidade dos escravos, principalmente no bairro Matão.
Como essa área não favorecia a plantação de café, as terras foram dedicadas à plantação de algodão, cana e parte pastoril. Era considerada também o caminho principal que levava ao comércio de gado e plantações.
Hortolândia tem origem em Campinas e Sumaré. Por volta de 1866, a área do município estava dividida em grandes e pequenas propriedades agrícolas. Esta região, pertencente à Campinas, se destacava nas produções de café, algodão e açúcar, além das culturas de subsistência. Os registros mostram que, no final do século XIX, aconteceram várias vendas de terra na região, que era denominada de Jacuba, ou terra preta, “Sítio de Jacuba”, como dizem os documentos.Os documentos mencionam terras, mas pouco se referem a casas ou benfeitorias. Jacuba era ainda uma região pouco povoada e de fraca atividade econômica.
Jacuba era passagem de tropeiros, colonos e escravos. Eles passavam por áreas próximas, onde hoje é o bairro Taquara Branca. À beira do rio faziam uma parada quase que obrigatória para descansar, dar água aos animais e até para pouso. Segundo historiadores, estas pessoas aproveitavam o descanso para comer um pirão chamado “Jacuba”, feito de farinha de mandioca, cachaça, açúcar e mel. Assim, por causa das denominações populares, o local passou a se chamar Jacuba.
O povoado começou a tomar expressão quando foi inaugurado, em 1896, o posto telegráfico. Mais tarde, em 1917, o posto telegráfico de Jacuba passou a ser estação ferroviária. Só em 1947 é que começa o seu crescimento, com a apropação do loteamento Parque Ortolândia, de propriedade de João Ortolan. Em dezembro de 1953, o povoado de Jacuba, pertencente ao Distrito de Santa Cruz, município de Campinas, foi elevado a Distrito de Jacuba, do município de Sumaré, emancipado na mesma época. Em 1958, Jacuba passa a ser conhecida como Hortolândia, distrito de Sumaré. Trinta e três anos depois, em 19 de maio de 1991, Hortolândia emancipa-se de Sumaré, passando a ter uma identidade própria no processo de desenvolvimento da região.
O Aniversário de Hortolândia é comemorado na data de 19 de Maio.
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