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Filho de Alckmin é sócio da filha do Dr. Jou
Tatiana Farah*
Especial para O GLOBO
A sociedade foi confirmada pelo ex-governador. Segundo a assessoria de imprensa de Jou, Thomaz e Suellen têm a empresa há pelo menos 18 meses. A JT importa produtos como pó para chá, que Jou usa em seus cursos sobre "cerimônia do chá". Thomaz, filho do meio de Alckmin, tem 23 anos, mesma idade de Suellen. Em 2002, ele sofreu um assalto e, no conflito com os ladrões, um dos policiais que fazia sua segurança foi morto. Thomaz não foi localizado para comentar a sociedade. O médico Jou Eel Jia respondeu às perguntas por meio de sua assessoria.
JT são as iniciais de Jou e Thomaz. O nome fantasia da empresa, que fica na Aclimação, em São Paulo, é Eco Ervas. A empresa trabalha com vendas e entregas de produtos em domicílio e consultórios médicos.
— Estão tentando encontrar pêlo em ovo— disse Alckmin por meio da assessoria, negando ligação entre os convênios de Jou com o governo e o fato de seus filhos serem sócios.
Dr. Jou mantém série de convênios com o estado
O procurador-geral de Justiça do Estado, Rodrigo Pinho, abriu um processo para investigar a relação entre Alckmin e seu acupunturista com negócios públicos. Suspeita-se de tráfico de influência, já que nos dois últimos anos Jou mantém convênios com secretarias do governo. Em uma das parcerias, formalizada como "termo de cooperação técnica", a Secretaria de Educação gastou R$ 1,044 milhão.
A Secretaria afirma que os recursos foram gastos com diárias e transporte para que Jou realizasse dezenas de oficinas de técnicas de medicina oriental chinesa, como Li'en Chi e meditação. No entanto, um levantamento preliminar da bancada petista na Assembléia, com base no cruzamento de dados do Diário Oficial, mostra que, em 2005, 864 professores fizeram cursos de três dias no Spa Ch'an Tao, de propriedade de Jou. A diária comum do spa, que fica na Serra do Japi (Jundiaí), custa R$ 165.
O PT suspeita que as diárias tenham custado cerca de R$ 427 mil. Ainda não se pode precisar, segundo os deputados, se esses recursos estão incluídos no R$ 1,044 milhão apontados em um balanço do governo como o custo da parceria do acupunturista com a Secretaria de Educação ou se fazem parte de outro orçamento. Segundo a assessoria de imprensa de Alckmin, os professores se hospedaram no spa porque quiseram.
Cada evento conta com uma média de 50 professores de todo o estado. Para este ano, já estão agendados, segundo o site da própria secretaria, 16 cursos no spa do acupunturista.
Pagamentos feitos por cartões corporativos
A Associação de Medicina Tradicional Chinesa, presidida por Jou, diz manter parcerias com pelo menos quatro secretarias: Educação, Juventude, Segurança Pública e Saúde. Em todas, a tônica é ministrar cursos e oficinas de Li'en chi para os funcionários públicos.
Segundo o cruzamento de dados feito pelo PT, com base nos gastos da Secretaria da Educação, os pagamentos ao spa de Jun seriam feitos por meio dos cartões de crédito corporativos, usados por diretores da secretaria. A secretaria diz que os professores não precisam se hospedar no spa e que as diárias são pagas de acordo com a distância entre sua cidade e o lugar do evento. Segundo a secretaria, o trabalho de Jou é voluntário.
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